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mercoledì 21 agosto 2013

Um vento em forma de espiral: o nada

Um vulto ronda não apenas meus ossos secando
vazios, ou uma ameixeira amaldiçoada,
mas os insetos.
Acho que o sal das pedras também, que as mãos
não ousam tocar. Despropósito. Não aquele que aconchega,
não a hospitalidade sem propósito.
O solo sem portas para abrir.
Sólido.
Taciturno e comiserado e entregue aos acidentes.
Uma perna quebrada, um dente perfurado.
Do alto da árvore onde Pierre Anthon de Janne Teller subiu,
ele come ameixas.
Já na minha frente, caem as folhas rosas.
Não vejo as folhas, vejo o vão.
O vão balança o rabo para mim, rebola, se oferece. Tenta.
Me entregar a ele vai me virar do avesso
já que meus buracos vão virar minha carne,
minhas veias, minha nervura.
Ou será uma entrega boca-a-boca para a qual toda espera é pouca?
O vão que parece grande para não preencher nada, o vão
atrai meu faro que nele há o que não há.
Sinto o cheiro do vulto. Não são ameixas.
Não são passadas.
Para respirar mais forte, cheiro a ponta dos meus dedos.
São gases que carregam a alma, o nada, as reminiscências.
Gases: o vento vazio entre todas as coisas.
Uma árvore que dá ameixas sem caroço
não larga nada pelo chão.



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