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mercoledì 16 dicembre 2009

O polvo e a casca do côco jogada no mar

Sou feita de esbarrões até a linfa
Pensão, pensão, pensão - entra e sai todo dia uma multidão
agora me entra Othelo, esbarra com Fabiane Borges
trisca na pele da Olana, preta e pálida e faz o homem da alfândega
dar abrigo clandestino para a Monica Vicci
no corredor.
tem polvo que esbarra com a casca de côco e desliza.
Eu não tenho ecossistema
(tenho ecotucões - até pavor)
Rita e Sue em um saco de dormir se slojam na minha glande
me masturbo querendo paz
pensão vazia, só a Emanuelle e um Abacha em seus cinco minutos de coreografia
repetidos
o corpo do polvo é uma hospedaria
quantos monstros escandalosos eu consigo abrigar em um dia
nos meus quartos sem janela?

domenica 6 dicembre 2009

S.O.S. (Leminski)

Nunca houve um sim que eu dissesse
que não fosse o começo
de um esse o esse

(só lamente uma vez)

viver é super-difícil...

sou granizo

agarro uma ratazana pelas ancas
velocidade torpe
me entontece rasgar as brodas das coisas humanas, sou boi, sou traça
intuo o ódio fino que requebra minhas cadeiras
sobe no pé da espinha
esfarelo um copo estridente
grito, urro, porque adoro barulho
que não entendo
faz companhia pro meus cílios
que nunca ensaiaram