Visualizzazioni totali

venerdì 25 novembre 2016

Sobre a intensificação da colonização

Ser de um país que te transforma em mendigo.


domenica 20 novembre 2016

Todtnauberg

Ontem fui com Gerson a Todtnauberg.
Nevava.
Procuramos a hütte procurada pelas colinas
e nos aproximamos de algumas outras
que poderiam ter sido
e que não eram.
Fomos em direção àquela hütte,
umas imagens no google, umas indicações em placas verdes
no caminho "Martin Heidegger's Hütte".
Mas no meio do caminho nevado, o silêncio.
Nenhuma placa mais.

Paramos no albergue de juventude e só na saída, enquanto
eu tentava limpar uma placa verde de neve (sem silêncio)
foi que Gerson encontrou Mano Alvaiade ao lado do porta-mala aberto
de um carro preto: por ali.

Na segunda hütte, já de frente à Rütte,
comparamos as janelas,
as portas, os degraus da escada
e como o telhado na parte de trás da casa
se emendava com a inclinação da montanha.
As madeiras, os revestimentos eram outros,
mas havia um esqueleto que correspondia,
correspondia.

Copio aqui uma tradução do poema de Celan:

TRANSLATED BY PIERRE JORIS

Arnica, eyebright, the
draft from the well with the
star-die on top,

in the
Hütte,

written in the book
—whose name did it record
before mine?—,
in this book
the line about
a hope, today,
for a thinker's
word
to come,
in the heart,

forest sward, unleveled,
orchis and orchis, singly,

raw exchanges, later, while driving,
clearly,

he who drives us, the mensch,
he also hears it,

the half-
trod log-
trails on the highmoor,

humidity,
much.