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martedì 26 luglio 2016

Adiamento da coisa

Não deixando que coise
carregamos a coisa para todo o lado,
do armazém pro mobiliário,
da mochila pro armário,
pro pé da escada.
Nunca atuando, sempre disposta,
sempre servida, nunca salvando.
Nós somos nós da espécie dos adiadores,
dos que deixam mundo esperando
até que terminemos de comer nossos biscoitos
e tomar nosso licor.

Quando coisa
ela inventa um tempo que é uma bolha
dois polos, os meridianos, um equador,
uma parte voltada para os dias idos,
uma parte indo.
A coisa também é um adiamento.
Também ela faz um tempo de sombras,
uma dobra escondida e uma quina a mostra,
como o pé da escada.
Também a coisa acende o abajur
e deixa a noite pra mais tarde,
segura o dia como um ponteiro,
como se não fosse o milênio
uma outra coisa.


mercoledì 20 luglio 2016

Cor

Meus espíritos larvais são marionetes
do fio da meada.
O fio? É uma cor, a cor uterina das luzes do corredor com armários
que ficava acesa nos dias de chuva
quando minha mãe dobrava as roupas.

Acendo ela ao meio-dia, meio-dia de sol.
O mundo ensolarado não é meu útero
e nem minha tumba porque eu desisti
de sua cor.
Prefiro com as luzes do corredor com armários
que arrancam do que acontece a cor,
a cor da meada.

domenica 3 luglio 2016

Lembrança do facebook

A escrita do mundo é em um entulho de pedaços de papel rasgado. Mas os garranchos acumulados e o relevo das palavras escritas umas sobre as outras dão a cada pedaço de papel uma marca d'água.

de 3 de julho de 2013