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martedì 31 gennaio 2017

Christopher Norris on structuralism (and others)

Cristopher Norris published five poems in Performance Philosophy This is the one on structuralism:


STRUCTURALISM AND ITS DISCONTENTS
"The mind cannot remain at rest in a mere repertorization of its own recurrent aberrations; it is bound to systematize its own negative self-insight into categories that have at least the appearance of passion, novelty, and difference."

Paul de Man, ‘Roland Barthes and the Limits of Structuralism’ (1990)


Neat theory, but I doubt it fits our case.
Granted, all signifiers slip and slide,
Yet bygone signifieds still leave their trace.

The gap between might be just empty space
With nothing meant since meaning’s open wide.
Neat theory, but I doubt it fits our case.

If breaking up seems easier to face
When past intent affords no future guide,
Those bygone signifieds still leave their trace.

Splendid idea for structuralists to base
Their doctrine on, though here it’s misapplied:
Neat theory, but I doubt it fits our case.

Too much gets lost in synchrony’s embrace
As it canutes all thought of time and tide
While bygone signifieds still leave their trace.

‘If signs make sense,’ they say, ‘then it’s by grace
Of signifiers, not things signified.’
Neat theory, but I doubt it fits our case.

And if they say such doubts are out of place
Since theorists have the whole thing cut-and-dried,
Then bygone signifieds still leave their trace.

Behold those structures crumbling apace.
Time-lapse affirms what synchrony denied.
Neat theory, but I doubt it fits our case.

Lacanians think the signifier-chase
Goes on and on, but that idea’s belied
When bygone signifieds still leave their trace.

For we’re the sorts who need to interlace
Times past and present lest they subdivide
And that neat theory retrofits our case
So bygone signifieds can leave no trace.

martedì 10 gennaio 2017

O medo da soberba

Ontem nas margens do Veredinha
falava com Guto da hospitalidade
aquela que as igrejas evangélicas fazem
nas nossas cidades.
Se houvesse uma completa igualdade
não haveria um espaço de acolhida
em que pudesse a hospitalidade se exercer.
E ele me disse: como assim.
pensemos em um exemplo.
Se houvesse igualdade material
todos os que chegassem em Brazlândia
teriam já casa e comida
(cada um tem seu tempo
e o tempo é alguma coisa que é sempre
diferente. Por isso não pensamos
senão em uma igualdade material, e
acreditamos que entendemos o que estamos
dizendo.)
Pois bem, ele retrucou, eu moro no 301
e você no 101, quando você chega na minha casa
você já precisa de um copo d'água.
Mas se a igualdade material for completa
todos sempre vão ter água para beber,
na mesma quantidade,
na mesma condição.
Ah sim, tudo isso é uma fantasia
para entender o acolhimento.
Mas quem vai prover tudo isso
- sim um grande provedor.

Hoje então sonhei: quem seria esse
grande provedor? Uma estrutura burocrática?
Sim, já há funcionários e muitos deles.
Mas não podem fazer isso com perfeição,
isso nunca é perfeito.
Quem disse esses últimos versos?
E no meu sonho apareceu a cara do arquiteto
mouro de Andaluz
que construía pequenas imperfeicões
porque a perfeição é um pecado
de soberba.