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giovedì 25 marzo 2010

Battiato's Centro di gravita

As letras das musicas da meu ultimo outono que foi primavera tem cabimento no Buca L'Ombrello?

Una vecchia bretone con un cappello e un ombrello di carta di riso e canna
di bambù
capitani coraggiosi
furbi contrabbandieri macedoni
gesuiti euclidei
vestiti come dei bonzi per entrare a corte degli imperatori della dinastia
dei Ming.
Cerco un centro di gravità permanente
che non mi faccia mai cambiare idea sulle cose sulla gente
avrei bisogno di...
coro:
Cerco un centro di gravità permanente
che non mi faccia mai cambiare idea sulle cose sulla gente.
Over and over again
per le strade di Pechino erano giorni di maggio
tra noi si scherzava a raccogliere ortiche
non sopporto i cori russi la musica finto rock la new wave italiana il free
jazz punk inglese
neanche la nera africana
Cerco un centro di gravità permanente
che non mi faccia mai cambiare idea sulle cose sulla gente
avrei bisogno di...
coro:
Cerco un centro di gravità permanente
che non mi faccia mai cambiare idea sulle cose sulla gente
over and over again
you are a woman in love baby come into my life
baby I need your love
I want your love
over and over again.

lunedì 22 marzo 2010

dias respirados

nos dias primos
me engasgo com oxigenio
todas as tintas parecem becos
depois encontro a mira e a nodoa
confira

domenica 14 marzo 2010

- em processo de tempero -

Eu escrevo para poder tocar sua mão sem tocar sua mão
Eu escrevo para que haja palavras entre nós.
Eu escrevo para expressar, apressar, confessar, arremessar.
Eu escrevo porque não sei construir outros túneis entre as nossas retinas.
Eu escrevo para que o que eu sinto não vire só gargalhadas.
Eu escrevo para segurar as horas, segurar os dias, segurar as pontas, segurar meu próprio braço.
Eu escrevo para que o que eu sinto não vire só lágrimas.
Eu escrevo porque uma palavra pode salvar o mundo (por um segundo).
Eu escrevo para denunciar as rimas e as métricas que vejo por toda parte.
Eu escrevo porque prefiro viver em um lugar incompreensível com poemas do que em um lugar incompreensível sem poemas.
Eu escrevo para tentar passar a mão no seu coração, mesmo sabendo que pode ser que encontre só pedras.
Eu escrevo para soprar um ar nos seus pensamentos, mesmo sem dizer nada.
Eu escrevo para ficar sem dizer nada sem ficar sem fazer nada.
Eu escrevo para que o que você possa ser muitos vocês, eu possa ser outros eus e nós possamos nos perder nesta multidão.
Eu escrevo para me ver livre, pronto, falei, agora vou escrever um verso para me ver livre deste alívio.
Eu escrevo para correr riscos em uma linha reta.
Eu escrevo para desperdiçar tinta, papel, seu tempo, ao invés de desperdiçar oxigênio.
Eu escrevo para você encontrar uma desculpa para escrever.
Eu escrevo para não fazer diferença. Faz diferença fazer diferença?
Eu escrevo para fazer você mostrar os dentes.
Eu escrevo porque é de tinta, se fosse de pistache eu comeria.
Eu escrevo porque assim me sinto pronto para te dar explicações se você pedir.
Eu escrevo porque se não escrevesse minhas mãos invejariam meus olhos e meus dedos invejariam meus dentes. Seria a guerra de todos os órgãos contra todos os órgãos.
Eu escrevo para você poder sentir o prazer de não ler.
Eu escrevo para colocar um marcador no meio desta tarde ensolarada.
Eu escrevo para parar de ficar contando quantos minutos se passaram sem escrever nada.
Eu escrevo para encher o mundo (e este papel) de entrelinhas. Se eu pudesse escrever entrelinhas faria só com elas o meu testamento.
Eu escrevo porque o planeta é pequeno demais para não ter versos
Eu escrevo para que você tenha cabimento.
Eu escrevo porque senão teria que viver abraçado a uma árvore, que nunca me olha.
Eu escrevo para que o tempo passe bem.
Eu escrevo para que alguma palavra conquiste a sua confiança e te faça companhia.
Eu escrevo porque as palavras me escapam por todos os poros.
Eu escrevo para reencontrar as palavras também aqui, mais tarde.
Eu escrevo para que não haja apenas moléculas de oxigênio entre nós.
Eu escrevo para poder conversar os assuntos encerrados.
Eu escrevo porque gosto das montanhas de livro na falta de montanhas de pedra.
Eu escrevo para que as maçãs passadas não fedam sem conseqüência.
Eu escrevo para tentar fazer uma cópia infiel do meu corpo com algumas palavras.
Eu escrevo porque as palavras me puxam pela mão e eu não resisto à tentação.
Eu escrevo porque não tenho armário para guardar tanta coisa.

Se mais tarde eu chegar ao céu quero só desabotoar.

giovedì 11 marzo 2010

Um Rumi (o que sou)

Que devo fazer, ó muçulmanos,
se já não me reconheço?


Não sou cristão, nem judeu,
nem mago, nem muçulmano.
Não sou do Oriente, nem do Ocidente,
nem da terra, nem do mar.


Não venho das entranhas da natureza,
nem das estrelas girantes.
Não sou da terra, nem da água
nem do fogo, nem do ar.


Do empíreo não sou,
nem do pó deste tapete.
Não sou da tona, nem do fundo,
nem do antes, nem do depois.


Nem da Índia, nem da China
nem da Bulgária, nem de Saqsin;
não sou do reino do Iraque,
nem da terra de Khorassan.


Nem deste mundo, nem do próximo,
nem do céu, nem do purgatório.
Meu lugar é o não-lugar,
meu passo é o não-passso.

Não sou corpo, não sou alma.
A alma do Amado possui o que é meu.
Deixei de lado a dualidade,
vejo os mundos num só.

Procuro o Um, conheço o Um,
vejo o Um, invoco o Um.
Ele é o primeiro e o Último,
o exterior e o interior.
- Nada existe senão Ele.

venerdì 5 marzo 2010

Alegria serena

Subito, rapido, intrepido
todas as palavras perderam seus acentos fixos
as silabas, largadas na minha vida, se acentam onde bem querem
e eu saio cantando da manha vermelha
com os ombros tortos
abertos

Sereno, d'Allegria, Ungaretti

Dopo tanta
nebbia
a una
a una
si svelano
le stelle

Respiro
il fresco
che mi lascia
il colore del cielo

Mi reconsoco
immagine
passggeza

Presa in un giro
immortale