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mercoledì 16 settembre 2015

Sorte no jogo (ars poetica)

Ginsberg mandou olhar pra lama dentro de mim
ela é rala.
Moore falou que tem genuíno - e porém
meu alicerce de alma ficou truncado por uma miopia de mentiras.
Minhas sinceridades, sempre berradas no meu ouvido pelo meu alter
ego confesso, me entorpecem.
Nem é minha lama genuína nem minha genuína lama que precisam ser escritos.
Nem sequer a história descabida dos meus sentimentos.
É minha testa batida na quina da mesa.

venerdì 11 settembre 2015

A espreita e o espectro

Por uma fresta entre os pelos brancos da gata e
o castelo do funcionário na QI 7 do lago sul, Margot,
uma bruxa, assobia. Ela está velha e na sua espinha dorsal
retorce com um rodo na mão uma raposa. Já não é uma piaçaba e a natureza
que domou seu corpo é sacerdotisa e antes disso é soberana.
Uma velha não dá muita confiança para a outra.
Mas distraída, a Tituba assobia - e a gata fica parada.
A natureza tem seus afazeres.

Na parada de ônibus na pista principal do bairro
Francisca, com dez genes da Angola, a louca,
não é papa e com um filho no chão serve sucos
e bolos e pães e gelo para quem vem trabalhar no hospital.
As bestas me entendem, mesmo que nunca me respondam.
Também meus ombros me entendem, mas não me respondem
se o mandato que eu tenho sobre eles
é da sua preferência.