Esta tradução que fiz de Follow Orders de Antler, que eu pretendia usar na sessão de
hoje do curso sobre Manuel de Barros mas esqueci em um flash miniatura, foi usada na abertura de Desmonte a Carroceria e Fabrique a Primavera há algumas primaveras. Hoje a primavera chegou em grande estilo em Brasília (veja próxima postagem).
Arraste o arco-íris para o interrogatório.
Use chave de fendas nas núvens, se for necessário.
Prenda o vento por não ter destino certo.
Leve um lago para o quartel-general por protelar coisas importantes.
Condene a 30 anos de trabalhos forçados.
as flores que têm pétalas que tremem.
Transforme florestas tropicais em desertos.
Ponha desertos atrás das grades porque os poetas podem ver o mundo em um grão de areia.
Acuse as dunas de areia de se espalharem por toda parte.
Acuse os montes de neve de derreterem por toda parte.
Ordene que os pássaros se calem e ouçam a sua canção.
Investigue os flocos de neve até que eles se desfaçam em lágrimas.
Acuse uma banana de ser um banana.
Acuse um abacaxi de ser um abacaxi.
Acuse um pepino de ser pepino.
Reviste as mangas rosas por parecerem suspeitas.
Amordace os gafanhotos.
Arranque fora todo milímetro de solo.
que se recuse a ser coberto de asfalto.
Faça o rio São Francisco testemunhar contra o rio Amazonas.
Processe os processos naturais por serem indisciplinados.
Multe os raios e trovões por se estabelecerem sem licensa.
Multe a vista do alto dos arranha-céus por fazer as pessoas parecerem formigas.
Adverta os flamboiants que parem de chamar atenção.
Acuse as florestas cheias de folhas de esconderem drogas.
Amordace os elefantes porque eles bolinam seus narizes.
Faça um urso jurar sobre a Bíblia para far testemunho.
Bana a banana porque ela te lembra alguma coisa...
Substitua todas os reflexos da lua por lâmpadas de 100 watts
Abata o abacate, culpe o cupuaçu,
azucrine a azeitona, inquira o quiabo.
Ordene que o espaço entre as estrelas e o espaço entre as moléculas troquem de lugar.
Obrigue tartarugas a andar com placas rodoviárias.
Force os girassóis a pagarem sua conta de luz.
ou o sol será desconectado.
Obrigue os cavalos a fazerem cavalos-de-pau.
Mande que artifício e orifício sejam invertidos.
Ordene que os poemas fechem as portas e mudem para o nordeste
onde as palavras trabalham pela metade do que elas são pagas aqui.
Mostre o dedo para o vento porque ele é fresco.
Gesticule pelas florestas como você fez muito mais dinheiro do que todas as árvores.
Exiba para as montanhas que você ganhou mais que todas na bolsa de valores.
Diga à morte que você vai prender a sua respiração até que seu desejo seja atendido.
Sentencie as sombras das árvores a pena de morte por terem seduzido milhões de jovens.
Torture o oceano até que ele fale.
Faça miniatura das grandes árvores, domestique flores selvagens,
cubra-as todas de plástico, ponha os botões sobre fios de cobre.
Compre a água, compre a terra, compre o céu.
Venda a água, venda a terra, venda o céu.
Bata na noite porque ela é negra.
Cuspa no sol porque ele é amarelo.
Massacre o alvorecer porque ele é vermelho.
Faça gráficos sobre quantas formigas você consegue matar.
Faça emboscadas para as cachoeiras e mutile elas até que ninguém as reconheça.
Assassine o último beija-flor no seu tempo livre.
Contrate jagunços para aniquilar golfinhos e leões marinhos
enquanto você limpa as suas unhas.
Entre na sua limosine de muitos metros
jogue mil dólares
e grite ao motorista:
"Próximo universo, por favor."
hoje do curso sobre Manuel de Barros mas esqueci em um flash miniatura, foi usada na abertura de Desmonte a Carroceria e Fabrique a Primavera há algumas primaveras. Hoje a primavera chegou em grande estilo em Brasília (veja próxima postagem).
Arraste o arco-íris para o interrogatório.
Use chave de fendas nas núvens, se for necessário.
Prenda o vento por não ter destino certo.
Leve um lago para o quartel-general por protelar coisas importantes.
Condene a 30 anos de trabalhos forçados.
as flores que têm pétalas que tremem.
Transforme florestas tropicais em desertos.
Ponha desertos atrás das grades porque os poetas podem ver o mundo em um grão de areia.
Acuse as dunas de areia de se espalharem por toda parte.
Acuse os montes de neve de derreterem por toda parte.
Ordene que os pássaros se calem e ouçam a sua canção.
Investigue os flocos de neve até que eles se desfaçam em lágrimas.
Acuse uma banana de ser um banana.
Acuse um abacaxi de ser um abacaxi.
Acuse um pepino de ser pepino.
Reviste as mangas rosas por parecerem suspeitas.
Amordace os gafanhotos.
Arranque fora todo milímetro de solo.
que se recuse a ser coberto de asfalto.
Faça o rio São Francisco testemunhar contra o rio Amazonas.
Processe os processos naturais por serem indisciplinados.
Multe os raios e trovões por se estabelecerem sem licensa.
Multe a vista do alto dos arranha-céus por fazer as pessoas parecerem formigas.
Adverta os flamboiants que parem de chamar atenção.
Acuse as florestas cheias de folhas de esconderem drogas.
Amordace os elefantes porque eles bolinam seus narizes.
Faça um urso jurar sobre a Bíblia para far testemunho.
Bana a banana porque ela te lembra alguma coisa...
Substitua todas os reflexos da lua por lâmpadas de 100 watts
Abata o abacate, culpe o cupuaçu,
azucrine a azeitona, inquira o quiabo.
Ordene que o espaço entre as estrelas e o espaço entre as moléculas troquem de lugar.
Obrigue tartarugas a andar com placas rodoviárias.
Force os girassóis a pagarem sua conta de luz.
ou o sol será desconectado.
Obrigue os cavalos a fazerem cavalos-de-pau.
Mande que artifício e orifício sejam invertidos.
Ordene que os poemas fechem as portas e mudem para o nordeste
onde as palavras trabalham pela metade do que elas são pagas aqui.
Mostre o dedo para o vento porque ele é fresco.
Gesticule pelas florestas como você fez muito mais dinheiro do que todas as árvores.
Exiba para as montanhas que você ganhou mais que todas na bolsa de valores.
Diga à morte que você vai prender a sua respiração até que seu desejo seja atendido.
Sentencie as sombras das árvores a pena de morte por terem seduzido milhões de jovens.
Torture o oceano até que ele fale.
Faça miniatura das grandes árvores, domestique flores selvagens,
cubra-as todas de plástico, ponha os botões sobre fios de cobre.
Compre a água, compre a terra, compre o céu.
Venda a água, venda a terra, venda o céu.
Bata na noite porque ela é negra.
Cuspa no sol porque ele é amarelo.
Massacre o alvorecer porque ele é vermelho.
Faça gráficos sobre quantas formigas você consegue matar.
Faça emboscadas para as cachoeiras e mutile elas até que ninguém as reconheça.
Assassine o último beija-flor no seu tempo livre.
Contrate jagunços para aniquilar golfinhos e leões marinhos
enquanto você limpa as suas unhas.
Entre na sua limosine de muitos metros
jogue mil dólares
e grite ao motorista:
"Próximo universo, por favor."
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