depois de muitos séculos
volto ao mar de Sapho
mas ao oriente de Lesbos
onde bate o vento quente
misturado aos minaretes
que fazem as mulheres se tapar
e os homens andarem pela praia
como se uma nódoa de honra
os seguisse por onde fossem
o sal, o chá, as pedras
a névoa de Lesbos no horizonte
me fazem apaixonar
ao léu
tantos séculos e as pedras
ontem um espelho d'água
unia meus pés as costas
salgadas de Lesbos
hoje as ondas, remorsas,
em ebulição; os fluxos
também tem seus picos
e torvelinhos
é assim que passam os séculos
encontro os montes de sal
pelo meu dorso
escuto as pernas que saem da água
em turco
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