nem quero das coisas prontas
as caras de horizontes emparedados
de quem esbarra em assuntos encerrados.
que saia o que alguém pôs
para que fique depois
não quero ser prato que fica posto
quero ser batedeira.
quebrem, quebrem, quebrem os grãos de terra,
as luas, as estrelas com pontas terminadas – gritem
e façam manifestos e então esqueçam
transpiração é conspiração
e o chão, o chão voa e vira poeira
nem finca firme a terra, ela se entrega ao vento
quero ser o desfiladeiro.
queiram fazer orgasmo onde a pele enruga
tigela de água entre os mananciais
quero me tornar uma fábula sem começo
não quero ser tapete
quero a tremedeira.
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