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domenica 7 aprile 2013

Excreto

do centro do meu cu brilham raios de sol por todas as minhas tripas.
uma floresta assobiando. Uma manhã.
Meus estribilhos, eu tento segurar com a mão, na mão não cabe.
esta, esta felicidade descontrolada
saíram aves, venenos, bifurcações, toda aquela merda esculpida em chão
roço minha carne na carne dos outros.
as carnes plácidas, que são outras
A borda das coisas. Vasta. Meus fios soltos.
Olho a Terra.

gosto do sol filtrado pelas nuvens.
no assento da praça, nas samambaias, na pedra espalhafatosa.
Nos cus dos juízes, presidentes, relatores,
da paisagem. Sabedoria fica nos túneis do ventre.
o plexo solar, o nexo
o poder muda de mãos, muda de sangue, de cu
eu sou toda uma soltura, só vejo aberturas,
só vejo abundância, polifonia, avião
as picadas na mata cerrada, vejo as galáxias
e sou um programa espacial pirata
feito de areia, de rachaduras, de concavidades.

não são os olhos, é coisa de pedra, é coisa de coisa:
canais desentupidos, abertos para os espasmos do sol.
Cagados.
por um buraco na gruta, o primeiro sintoma do sol,
aquele buraco é uma vicissitude tectônica
rasgo as pedras, inundo os caminhos, eu contra o chão -
aquele buraco fica escuro por quase todo o dia,
capta o mar aberto, ilumina.
tem uma eternidade química assanhando;
ela atravessa meus becos, minha boca
solicito,
não engasgo







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