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mercoledì 27 giugno 2012

Judaismo

Um mosh, assim me contam, na língua dos faraós que cultuavam
o scarabeus sacer, o escaravelho sagrado, que enfrenta
com seus músculos a gravidade dilacerante, como fazem
os Sísifos, significa um menino.
O pai do homem, escreveu Machado de Assis.
Na terra dos escaravelhos, não uma Vaterland, uma Kinderland.
Moshé, sim Moishele, achado no rio e feito guru.
Que coisa senão um delírio infantil haveria depois do deserto
de 40 anos? A terra, prometida entre os escaravelhos,
era uma ressureição sem espelhos. A terra dos sonhos.
Ouço um didgeridoo de apartamento no meio do barulho
dos carros. Os escaravelhos colocam suas crias
em um ninho na areia, com uma bola de esterco
que é a primícia. Uma Kinderland. Os primatas que seguiram
Moshé, o menino, iam atrás de um ninho depois do deserto.
Alimentados de insetos. Fronteiras incertas,
abertas aos escaravelhos e aos outros besouros.
Partiram em uma noite de lua cheia, com pressa,
areia na roupa e nenhum fermento.
Os cascudos que chegaram, ninguém viu.

(escrito em Beirute)

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