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domenica 17 giugno 2012

A prosa e a perspectiva

1. O homem de jeans e sem camisa dançava sem parar
Era noite debaixo da árvore na Asa Norte
O homem de jeans e sem camisa dançava sem parar
Era o fim da tarde debaixo da árvore na Asa Sul
Cada ponto tem um ponto de vista
um ponto de escuta
um ponto de faro
Todo o resto fica sem foco como um fundo
azul
A pamonha aberta e desaberta
entre os pontos, há a prosa
mas eu não falo nada.

2. É que eu passei por um rio depois do deserto
não adianta contar
O homem de jeans e sem camisa se mija todo pela calça
não adianta contar
Cada ponto é um ponto
quase sem vista.
Faço da minha tormenta um trejeito
os trejeitos iluminam
a prosa atormenta
Há a prosa que fura os túneis entre os pontos de vista
mas eu não falo nada.

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