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venerdì 31 luglio 2009

Lorca's Little Viennese Waltz

* Leonard Cohen's song. Did Lorca write this originally in English? I guess.

In Vienna there are ten little girls,
a shoulder for death to cry on,
and a forest of dried pigeons.
There is a fragment of tomorrow
in the museum of winter frost.
There is a thousand-windowed dance hall.

Ay, ay, ay, ay!
Take this close-mouthed waltz.

Little waltz, little waltz, little waltz,
of itself of death, and of brandy
that dips its tail in the sea.

I love you, I love you, I love you,
with the armchair and the book of death,
down the melancholy hallway,
in the iris's darkened garret,

Ay, ay, ay, ay!
Take this broken-waisted waltz.

In Vienna there are four mirrors
in which your mouth and the ehcoes play.
There is a death for piano
that paints little boys blue.
There are beggars on the roof.
There are fresh garlands of tears.

Ay, ay, ay, ay!
Take this waltz that dies in my arms.

Because I love you, I love you, my love,
in the attic where the children play,
dreaming ancient lights of Hungary
through the noise, the balmy afternoon,
seeing sheep and irises of snow
through the dark silence of your forehead

Ay, ay, ay, ay!
Take this " I will always love you" waltz

In Vienna I will dance with you
in a costume with
a river's head.
See how the hyacinths line my banks!
I will leave my mouth between your legs,
my soul in a photographs and lilies,
and in the dark wake of your footsteps,
my love, my love, I will have to leave
violin and grave, the waltzing ribbons

Billy Collins on what to do with poems

Introduction to Poetry

I ask them to take a poem
and hold it up to the light
like a color slide

or press an ear against its hive.

I say drop a mouse into a poem
and watch him probe his way out,

or walk inside the poem's room
and feel the walls for a light switch.

I want them to waterski
across the surface of a poem
waving at the author's name on the shore.

But all they want to do
is tie the poem to a chair with rope
and torture a confession out of it.

They begin beating it with a hose
to find out what it really means.

venerdì 24 luglio 2009

Quatro bolas vermelhas



No meio de algumas noites
encontra Marina a véspera da causa
ela, que hedonista, aprecia os efeitos.

giovedì 23 luglio 2009

Norman Bryson on Todd Hayne's Poison

In "Poison", Broom begins to wonder whether this may be an opportunity for sexual contact between them, especially if they both maintain the fiction–since tough guys should not be mistaken for faggots–that Bolton is actually asleep, and so not actually taking part. But the inevitable happens: there is a disturbance elsewhere in the cell, Bolton "wakes up," and the moment he does he seizes Broom's hand and stops what he has been up to. This is followed by an intertitle that reads:

My heart is in my hand,
and my hand is pierced,
and my hand is in the bag,
and the bag is shut,
and my heart is caught.

martedì 21 luglio 2009

Um estudo do vento

Dormindo dentro do sobrado
em Bagé, jogado aos pés do Brasil,
esqueço meus sonhos tremido por um minuano
que esbarra nas telhas, nas pontas das palmeiras,
nas sobras das janelas, nos ritornelos
e volta.
Levanta o pó da terra firme, da terra molhada,
do meu esterco, ríspido.
O som dos barulhos me lembra a porta da Bibiana,
o ar em movimento faz uma trama -
fico querendo estar depois das tramas,
quando elas ficam acabadas e estiradas a beira-ser.
Todas as portas e as tramas ficam jogadas
aos barulhos dos elementos e nem tudo é ar,
nem fogo e nem esses papéis amassados
dentro da gaveta do meu pulmão.

giovedì 16 luglio 2009

deDALus - ou a invenção do jogo (Rubens Pileggi)

deus joga com dé-da-luz,
dados rolando no escuro
do cosmo no vão dos dedos
cócegas sentem do presente brinquedo.

cálculo exato que o acaso
com tal talento
e destino marcado
determina:
um advinha o futuro
e o outro faz q faz
relembrando o passado.

nascidos do próprio invento
logo mostram seus disfarces
simulam sua certeza ao vento
calculam como comportarem-se
na luta do face a face.

matemática precisa do mistério
cada qual defendendo seu lado
deus está de partida
jogando dados viciados.

mas dédalo não demora
ousar seu último gesto.
acha uma brecha
caindo logo fora
e já sai batendo asa
em seu manifesto.
deixando no labirinto
o vôo dentro do ovo
o exato surgindo do acaso
a casca fora da casa
o devir chegando com atraso

e a deus que tudo se vira,
fere a palavra e de lá
de seu corpo retira
a própria abertura
do abismo onde caíra.

manda criar uma miragem
e engole o q sobrou do mito
onde se lia linguagem
leia-se em voz alta:
isso é parte do rito.

fazendo de conta
que nem é sabida
quem ganha ou perde a partida
da pedra que antes de ser jogada
já sabe o lado de sua caída.

deus e dédalus
em um só ser se transforma
conforme quer o saber
possuidor de regra e norma.
dos dedos dados voam
eternamente em movimento parado.
assim inventam o homem
e por ele é inventado

lunedì 13 luglio 2009

Arquétipos de genitálias artesanais

Desprezo a indiferença, me entorto.
Misturado em um indefinido turvo, minha estátua reflete a luz
fluorescente.
Me lembro de uma manhã de arquétipo, que retorna para imbassar as novidades:
- Quero parar de ser uma gema de ovo quente.
Procuro meu anel muçulmano,
para que minhas lembranças se cozinhem.
É que me afogo em memórias, tenho o caldeirão,
as unhas, os fios de cabelo, as tormentas, o alho picado
e preciso ser feiticeiro.

sabato 11 luglio 2009

Mesa del silencio (Clara Janés)

Nos sentamos a la mesa del silencio
al aire de los chopos y los arces
del parque interminable de hojas muertas.
Implacable y amoroso
callaba el caudal inmóvil de blancos cantos.

La piedra ingrávida,
parêntesis al tiempo
y altar
de la profunda soledad del alma humana.

El blanco lecho vacío de las venas
era blanco como aquel blanco cauce
donde el rio no corre

Nos sentamos
y allí nos quedamos para siempre
en la mesa del silencio.

Allí
donde el tiempo más tiempo más tiempo
nunca es igual a tiempo

lunedì 6 luglio 2009

2000 + 9

haverá um mistério, sobreviver?

Kapará. Muitos cacos de vidro no chão.
Não temos o leme - as coisas precisam mesmo ficar largadas?
(apenas tratar o mundo como uma boa companhia)

respiro muitos enquantos de uma só vez
tento encher garrafas de serenidade com afeto
(as vezes garrafas de serenidade com um vagalume dentro)
tento alvorecer