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lunedì 30 giugno 2008

o sol e a tristeza (novo corte)

o sol se põe. ele se põe, vai ver outros cantos

eu não me ponho, não me ponho em nenhum dia

estou sempre de frente para as coisas verdes desperdiçadas

que fazem nossa vida um vale fértil de lágrimas

os homens espremidos pela falta de dinheiro,

pela vergonha de quase tudo

todos, na rua, de cabeça baixa:

a safra sempre abundante de lágrimas.

lágrimas ralas, lágrimas para dentro,

lágrimas que circulam há muito com o sangue.

E todos, na rua, de cabeça baixa:

não enxergam nem as árvores altas, altivas

que não choram, fazem frutas e esperam o tempo certo

–– estou muito triste, e o sol se põe;

eu acho que é lindo

queria cair com as folhas.

queria que não vivéssemos em uma bolha de plástico

feita de medo.

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