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mercoledì 26 agosto 2015

Jude (nova versão)

* Há anos venho cuidando deste poema. Ainda não sei se ele está pronto para o mundo. Mas hoje me pareceu que a ideia merecia outra tentativa.

Terra Mais Santa

por toda a minha vida tenho sido perseguido por um dedo em riste
que me fala que não tenho direito a nada a não ser que justifique
minha memória tem uma mesa cheia de petições negadas, pedidos indeferidos
espalhados pelas músculos de um ossada ousada e acanhada, curta e triste
as instâncias de tribunal em cada glândula, não deixam que ela se estique
e o coração, batendo com esporas nas costas, faz só os barulhos permitidos.

“convence-me que mereces o que queres ou queira outra coisa, desista”
falou-me tantas vezes um júri, martelando veredictos antes do meu braço mexer
aprendi a prender o fôlego todo até que haja suficientes credenciais
meus desejos viraram ordens mandadas, meus prazeres itens de alguma lista,
temo o que pode machucar, preparo que meus amores virão me abater
e não consigo respirar o oxigênio tranqüilo do que não acaba mais.

alguém venha e me conte que é possível
um campo de concentração que produza alegrias em medida industrial
prazeres casuais, júbilos constantes, injeções de euforia
benções, êxtases, orgasmos - todos frequentes e
para milhões de pessoas a cada dia, apenas para fazê-las estar bem
(as portas sempre abertas, é claro)
Auschwitz, Monowitz, Birkenau de felicidades a cada dia maiores
para multidões em frenesi sem entender porque foram escolhidas
para tanta bonança.

por favor, me ajude a juntar os tijolos.

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