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martedì 4 febbraio 2014

Schicksalslied fulminante

Doch uns ist gegeben,
Auf keiner Stätte zu ruhn
.
Keiner. Keiner. Keiner.
Rui, rói, ruína.
(son cadenas cadenas cadenas son)
hinab, hinab
rio abaixo, corredeira, todo ente que compartilha tua atmosfera
te traça destino
te cura
te estraçalha
conspira contra ti.

Zu Klippe geworfen,
Jahr lang ins Ungewisse hinab
.
Esconde-te em uma torre alta
na beira do Neckar
não fale mais de eternidade
sem um punhado de carrapatos grudados nos teus beiços
não faça mais planos para as águas puras
sem exalar pelo nariz o fedor dos peixes peidados
as estrelas?
arrancam-te dos teus dias para traçarem-te um mapa
em que nasces, pagas impostos, entretens, procrias, desfaleces
róem-te os berros.

tive uma assombração: uma bruxa assobiava
um Lied bastardo de Shostakowski,
desatinado, manchado de borra de vinho pobre,
dor, desatino - um prato de comida na torre
(Há aquelas que sabem que toda alma é um abismo
cheio de nada, esperando que a joguem em uma masmorra) -
ela, a bruxa, lúcida: não tem sentido
a não ser que estejamos a cultivar lágrimas,
e escondê-las por trás das cortinas brancas.

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