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lunedì 15 luglio 2013

O ritmo da fertilidade

Em uma quinta-feira da minha infância ainda sem data
eu andava no fim da tarde por entre as sombras mais longas
com uma pessoa do tempo em que as pessoas não tinham nomes
ou seus nomes ainda eram menos que suas mãos.
Apareceram umas feiticeiras, do alto das pontas das folhas das árvores,
mas também umas folhas das árvores, a resina, o pólen e a gosma que não é coisa:
- É generosa, cheia de gêneros, e por isso é fertilidade.
Quando me lembrei de suas caras completas,
invoquei as deusas da prenhez incontrolada: Oxum, Shakti, a Khora, Hyle - a matéria.
Era um mantra repetido, como não são os textos escritos e nem como o calendário das estrelas,
era executada. Executada a fertilidade.
Assim, ela esvai os gêneros.
Deixa todos eles escaparem de suas mãos.
Muitos, de uma só vez.


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