caem de novo como eventos em staccato
as mangas da árvore endeusada, provisória mas irreparável -
imprevista cada queda, de se sentar ao pé do seu tronco
e esperar o acontecimento que abrevia o cosmos
na forma de uma polpa cheirosa, cremosa, exposta
coberta de uma pele,
às vezes arranhada, bicada, imaculada
e deixa uma antena anacardiaceae apontada para o chão
todas as forças fortes da redondeza
e mais o excesso teimoso em minha boca toda
mas já minha devoção se tornou pálida agora
com toda coisa que é a toa e também deus
perdi o enquadramento; aí soltei o fiapo no redemoninho
porque há uma conspiração pelo esquálido,
uma vocação do universo para a linha de produção
e para a decoração.
(há uma cerca entre
as mangas públicas e as mangas privadas que caem)
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