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venerdì 19 giugno 2015

E ainda preferir esperar?

Hoje, meu bem, me mandaram três vezes reinventar o universo.
Sabe aquele auto-falante que tem em cima de todos os postes -
dos de eletricidade, dos que seguram o céu, dos que seguram a lua no meio das estrelas -
aqueles que dão uma mensagem para todas as coisas de manhã e outra de tarde?
Pois bem, eles hoje falavam comigo.
Primeiro foi a voz de uma catástrofe que ficou na minha cabeça -
o acidente não tem futuro porque o desastre não se escreve nos astros.
Depois foi Paul B. Preciado, a Beatriz: seja dissidente, seja herói.
Nenhum desejo pode ficar sem fármaco e só a norma dispensa experimentação.
Mais tarde foi o próprio Bispo do Rosário catalogando pregos, dobras, brigas;
nada é teu se não for lambido, mordido, engolido, cuspido por você.
Veio um anjo de asas grandes e me carregou e depois me pousou no solo,
a palavra "tormenta" me acompanhou em todos os momentos deste rapto, do desespero
de ter me tornado imprestável para o acolhimento
até a serenidade súbita.

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