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lunedì 22 dicembre 2014

"amar os pombos mais do que os humanos", de Nuno Oliveira

ainda agora vi um desses pobres possessos, o tipo amava mais os pombos que os humanos e esse foi o seu crime, estava no jardim da Gulbenkian... um puto de uma família que estava um pouco afastada, correu para os pombos que um quase pedinte tinha entre si como grupo de também pedintes, dava-lhes pão, usava um saco desses do expresso já quase sem as letras, o puto chega e vai de tentar dar um pontapé no pombo, o tal da rua tenta empurrar o puto, o pai e o amigo vai... pareciam desses ex-jugadores de ragby, vai... tentaram esmurrar e empurrar, o tal da rua, entretanto chamaram a policia, por certo para mais uma vez humilharam o parvo de parvo...
e neste caso ainda, podemos dizer que este pedinte está possuído de "amor de pombo"...

sendo assim "Quando a conduta de alguém se desviava do padrão comum, e se fazia acompanhar duma certa perturbação da razão, havia a suspeita que a pessoa andava dominada por um ou vários espíritos diabólicos.", poderemos pensar que a normalidade, desvio de uma comportamento normal, estará condicionado não pela média tirada entre todos o grupo de normais e anormais que existem, mas mais perante uma naturalização condizente com os valores, positividade por quem de direito, quem exercer a ideia do que é direito faz passar,
neste caso o tipo, poderia especulando ter tido infelicidade de se ter afeiçoado aos pombos, antes ou depois de pelas vestes ter ficado pobre, mas vamos ver qualquer lapso pode, burrice ou esperteza, pode fazer um tipo ficar pobre e numa espiral de incongruência um tipo ainda, já nem falando em fazer família, um tipo pode ainda ser preso porque deu um safanão e esse outro puto que destruía a fragilidade dessa outra espécie, os pombos, está bem que não eram borrachos, mas os pombos são frágeis comparadas com as gentes da nossa espécie. A possessão neste caso o desvio é provado por comportamento anormal, e implicaria não tanto a questão de como é que os ditos cujos são, o Pai do Pombo e o Pai do Puto, mas mais um desvio da positividade do sitio. E ainda neste caso aquilo que temos como assunto do foro psicológico poderá ser mais do foro político... Digamos se a normalidade, considerando for um assunto só por si não equivalente a uma ética, ela pode bem ser uma doença que cria os seus próprios pontos de vista do que é a cura, e estaremos aqui a digladiar não tanto valores universais mas mais ideologia. Voltando ao Pai do Pombo e ao Pai do Puto, (...)

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