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giovedì 15 maggio 2014

Jugendheit

Eu fui uma carta de tarot com cinco de espadas.
Fui também um elevador, um liqüidificador, um tapete molhado, e
perdi o fio da meada no meio do corredor, é certo.
Não consegui encontrar as palavras para contar para mim, uma coelha manca,
o que eu estava fazendo aqui.
Com detalhes.
Eu, que era aquele isqueiro tão bem útil do Pat Ingoldsby,
entrei na primeira sala
e procurei uma janela.
Tinha um sofá cor-de-rosa e uma bola inflável bem azul -
eu não tinha nada para fazer ali.
Queria sentar no sofá, com o cotovelo na bola e contar histórias,
daquele tempo de gigantes e de titãs que ninguém tem saudade,
já que nunca passou.
As saudades ardem porque só há o novo.

Aquelas que virão, resumirão minha vida entre um gole e outro de bebida,
eu serei só a diaba tardia ou um pedaço de corrimão.
Aquelas que virão não serão mais eu - terão outros fôlegos.
Usarão outros guarda-chuvas, nos fins de tarde de chuva,
terão outros passos, e outra pressa.
Eu serei a margem do rio.
Com um saco de papel cheio de passas doces.


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