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lunedì 6 gennaio 2014

Sem chegar

Sempre estou a um alçapão das palavras
a uma distância perigosa
(agora se diz fronteira e não mais mata cerrada: é que o guarda tem mais poder que o leão)
então é uma guarita que é também um vão
eu, estrangeiro, e elas, as palavras nativas de algum lugar onde não vou chegar.
Eu, o imigrante descabido, que não tem as palavras na mão,
e nem consegue caber na mão das palavras.
Sempre estou a um espaço sideral das lembranças
a uma distância segura
(agora se diz foro íntimo e não mais esquecimento: sou um guarda com mais poder que o meu animal)
por isso me agarro ao fio da faca
Aquiles, na desova das tartarugas.
Entre eu e o que lembro, um triturador, entre
eu e o que falo um questionário.
Procuro minhas raízes entre os glifos maias -
sem interpretação, as raízes enterradas no chão
não chegam ao caule
que, prudente como a cobra,
está cheio do ar.

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