Tal como a natureza abandona os seres
ao risco de seu prazer abafado sem que nenhum
Seja especialmente protegido nas glebas e ramadas
assim também nós não temos, do mais profundo do nosso ser,
uma atenção especial; ele nos põe em risco. Só que nós,
mais ainda que a planta ou o animal,
vamos com o risco, queremo-lo, e por vezes também
arriscamos mais (e não por interesse próprio),
do que a vida, arriscamos
por um sopro mais... Isto concede-nos, fora de proteção,
um estar seguro, aí onde atua a força da gravidade
das forças puras; o que por fim nos abriga,
é o nosso desamparo, e que
ao aberto assim o viramos, vendo-o ameaçar,
para que, algures no círculo mais vasto,
onde a lei nos toca, o aceitemos.
NOTA: Heidegger está certo em apontar o dedo para este poema (em Wozu Dichter?)
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