raiva, torpe torta tântrica
minha válvula mistral na perna
raiva, suja como a ponta das minhas unhas
quero zelo, rápido: pensa, dispensa
- tenham paciência
se eu fosse amante, filósofo, quotidiano e morador de Brasília
fazia-lhes a todos as vontades
mas assim como sou, reviro os olhos com uma remela tonta no meio
sou de companhia?
como aquela dor estridente que não para
quero roer os ossos de quem me olha para o dono do meu corpo
roer, roer, roer, roer, roer
digo estas palavras bem alto
há alguém, pela legião dos anjos que me escutaria se eu gritasse?
peço a eles que não me escutem
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