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venerdì 30 gennaio 2009

214 de Y Más Aún de Garcia Calvo

em homenagem ao Heráclito do diferenssa.blogspot.com, um Garcia Calvo

quiero volver a cantar
las rosas por exemplo

pero sé tanto de ellas

amarillas las rosas que trepan
del viejo rosal del foso

pero sé lo que son

y a la barandilla se enredan
a la sombra de siesta

pero sé como se llamam

y me rozan la cara y casi
me huelen a amor

pero sé que son rosas

y al abrirme sus corazoncitos
no se qué me embriaga

olvido, oh si, oh rosas

que me olvide de vuestros nombres
y vosotras del mio

what can stop you from doing all the things in life you like to?

odeio estar inadequado
não me acomodar aos olhos que esperam de mim
complacência com o ambiente
esperam que eu combine
que eu faça coro
e adicione gosto

queria poder mandar a todos ao diabo sem mim
já que não consigo ser o que eles querem tanto
mas não consigo
aperto meus ossos com os dentes
contorço meus lábios
quero estar adequado
agora.

mercoledì 28 gennaio 2009

Na tuhuana da sanidade


este é um poema que eu tentei dançar há uns três anos, eu um monte de sal grosso, uma cadeira com rodinhas e um terno completo com gravata e sapato preto. eu agora gosto menos da sanidade.

Na tihuana da sanidade

Quase.

No espaço entre os pensamentos­­ – o buraco escuro e lento

Entre os cinco mil sentidos, os 6 bilhões de mal-entendidos

Dê-me um verso de apoio

E moverei um poema até levá-lo ao abismo

Ou até a beira dos teus lábios

Me perseguem os braços flácidos e apodrecidos dos sábios

Persigo com os dentes a lucidez

das garras de lúcifer

pelas ruas escuras de dentro de mim.

Milhas de medo, calçadas de insensatez, nada me detém:

Quero ser mais um napoleão sem império

Em vez de homem sério sem direção.

Não ligo mais para as nascentes de onde brotam minhas fúrias

Que elas me asfixiem.

Sinto só o desejo, feito a pauladas, de reinventar tudo.

Reinventar a composição química da terra, reinventar meus olhos.

Sinto a vontade de abrir a mão, de abrir a mão de todas as minhas esperas.

Abrir mão da saliva, do muco, do suor, da lama, da remela, da poeira, da água estagnada.

Da gordura.

O homem mais feio do mundo

olha cansado os fundamentos de tantos impedimentos

e cata torrões de sal.

O homem mais frio do mundo

olha cansado as intenções de tantas humilhações

e cata torrões de sal.

O homem mais frívolo do mundo

olha cansado a contradança de tanta desconfiança

e cata torrões de sal.

O sal no chão é como a poeira no céu.

O mel sabe a sal; meu eu sabe que é só; o que é meu sabe que é pó.

Fico confuso com as batidas do meu coração,

envolto de sal. Esparramo minhas sêdes sem sede

Atropeladas pela velocidade

Enjauladas sem possibilidades

Em um continente parafuso-solto

Todo dia na Tihuana da sanidade

O lado colorido e obscuro da minha América

Meu continente encabulado de ansiedade

Meu continente por um triz.

Meu continente na fronteira

Terra batida, marretada

Alma dilapidada, seduzida

Meus olhos cobiçam a insensatez

Que se acabe de uma vez minha terra arrasada

Meus pés querem o avesso da conquista:

um continente levantado do chão.

Minha cabeça pensa com a inveja de quem me anexou.

Quero estar com esta pedra, como estou com o meu coração.

Mas a cada passo a frente fica mais difícil voltar atrás.

O mal calçou perfeitamente em mim

Como uma perversa certeza

Meus olhos viram como o rancor

Preso em todas as coisas. Tudo

Se retorce

Como a boca das gentes

Se vão a colher da minha mesa, minha mesa, minha casa,

as ruas, a cidade, minha pátria

E eu fico só,

cada dia, perto dos porcos, abraçado

a esta pedra que não ama.

Por isto eu choro e me contorço diante de ti. Dá-me

Do teu infinito ar de saúde,

Cura-me. Mas não totalmente

Deixa-me um fio do cabelo do demônio no olhar

O mundo

Merece suspeita

Sempre.

Minha insanidade imperfeita

Minha destemperança incompleta

Meu descontrole limitado

Minha loucura desconfiada

Ergo olhos para o céu––olhos que a terra come.

Não te machuque a minha ausência, meu Deus

Quando eu não mais estiver na terra

Onde agora canto amor e heresia

Outros hão ferir e amar

Seu coração e corpo. Tuas bifrontes

Valias. Mandarim e ovelha. Soberba e timidez.

Não temas

Meus pares e outros homens

Te farão viver destas duas voragens

Matança e amanhecer, sangue e poesia

Chora por mim, pela poeira que fui

Serei, e sou agora. Pelo esquecimento

Que virá de ti e dos amigos

Pelas palavras que te deram vida

E hoje me dão morte. Punhal, cegueira.

Sorria, meu Deus, por mim. De cedro

De mil abelhas tu és. Cavalo-d´água

Rondando o ego. Sorri. Te amei sonâmbula

Esdrúxula, mas te amei inteira.

E é difícil te amar inteira

É sempre mais difícil ancorar um navio no espaço

Exatamente meu peito está superlotado.

que tal adiar tudo?

em mais um dia de shoah
eles atacam gaza

minhas vísceras se arrebentam

em mais um dia de crematório
as vítimas fazem vítimas
será que elas aprenderam?

martedì 27 gennaio 2009

Outra madrugada em Granada

as vísceras exalam e em Granada um argentino fala no skype
agora nem sua mais esta cidade
sopra gelo, tanta coisa que foi
eu vou é subir para o albaicín baixo
na gran via eu cuspo no chão

Manifesto pelo Balleckett

É que inventei um blog
de insolências
insubordinável no blogspot
nem sei o que fazer com ele

queria só balleckett



Ballet é o corpo. Beckett é a alma. Balleckett é a condição humana com os cotovelos e joelhos em movimento. Somos todas inacabadas; somos todas nem começadas – nos tornamos todas beckettescas. Ballet é a alma. Beckett é a virilha. O ponto de partida de muitas felicidades humanas é uma conversa. O ponto de partida da conversa é uma substância beckettesca que existe em cada gengiva, em cada clavícula e em cada calcanhar. Ballet é calcanhar. Entre o plágio e a referência existem apenas três pétalas de diferença. Vamos condenar a uns poucos anos de trabalhos forçados disfarçados estas pétalas que tremem. Nunca temos coragem de copiar assinando o próprio nome. Nós, balleckettentes, trememos mais que as pétalas, somos varas verdes. Não assinamos o próprio nome em parte alguma. Assinamos o nome dos outros. Vamos condenar a uns poucos anos de improvisação as pernas que tremem: estamos dispostas a quase tudo pela construção de um mundo que seja 97% feito de água, fogo, terra, ar e aquela coisa macia com a qual se fazem entrelinhas dos textos de Beckett. Por isto nos juntamos pelos pores do sol, exigimos a abolição do capitalismo às 8 da noite de amanhã, instauramos o inferno do caos para substituir o inferno da ordem e ficamos a cada dia mais convencidas das seguintes noções:

  1. A falta de uma coreografia minuciosa é bastante inconveniente. Mas pode se tornar um bem.
  2. A falta da falta de uma coreografia minuciosa é um mal. Mas pode se tornar um bem também.
  3. Aquilo que já foi perdido, já foi perdido. Aquele movimento involuntário que fez o queixo, o tornozelo ou a carótida, já esteve solto para quem quiser assistir.
  4. Mesmo sem tempo para besteiras, temos alguns minutos para becketteiras.
  5. Existem duas poções de necessidades impostas pelas forças da existência: a poção das necessidades que temos e a poção das necessidades que temos de termos necessidades.
  6. A intuição nos faz fazer bem umas loucuras. Ela nos faz bem escapar de umas loucuras.
  7. Que podemos dizer da vida que nunca foi dito? Muitas coisas. Por exemplo, que ela nem sempre é um gomo solitário de bergamota madura.

Se nós fossemos bailacketterinas confundiríamos todos os princípios com os meios e esqueceríamos os fins. Assim como somos, tenham paciência. Nossos joelhos são nossos cotovelos, nossas rugas são nossas pernas, nossas cópias piratas de palavras de Beckett são nossas sapatilhas de ponta. Não queremos nada a não ser sacudir todos os átomos que sustentam a sensatez estabelecida. Não queremos nada a não ser explodir todas as células dos pensamentos prontos. Não queremos culpar a razão por nada, mas ela vai ter que se comportar por que nós não vamos nos comportar por ela: dançamos a suspeita vaga e indolente de que não tem tanto sentido ter sentido. Improvisem provisoriamente: não adiem para o momento certo – o momento certo é o momento errado – queiram. Deixem para as estrelas e para os cometas as luzes apagadas e pelas trilhas onde já passaram as formigas pisem com a ponta dos umbigos. Improvisem tudo. Corpo é alma. Ballett é Beckett. Soltem estes grilhões coreografados. Ninguém nunca fez mais do que bailar becketts disfarçados. Arranquem os disfarces e, logo em seguida, saiam do chão com um plié ou um elevé ou um camier ou um mercier.

Queremos os gestos puros ao invés dos gestos ratos, apinhados de ninharias. Queremos os gestos desordenados, despedaçados, despreparados, desmiolados, desintegrados, dissimulados, desconectados e, de preferência, desabitados. Não há limite para a improvisação, nem nas mãos, nem a coluna dorsal te conta que deves calar os pássaros e escutar a voz do noticiário na televisão. Não preste atenção – finja. Não finja – finja que finges. Queremos os gestos que não caberiam em nenhuma pista de dança, em nenhum palco de dança, em nenhuma dança. Queremos dançar os gestos que jogamos fora – só porque eles não prestam para nada.

O movimento que não presta – um resquício de alguma outra coisa que se solta do corpo quando estamos ocupados fazendo algum gesto bem-intencionado, planejado, mal-intencionado, calejado. Balleckett é a dança que escapa quando ninguém está olhando – e nós queremos virar os nossos próprios olhos para o outro lado para deixar esta dança dançar (ou, pelo menos, balançar). Acreditamos que não se solta a beckettada acumulada em nossas juntas por anos e anos de orquestrações coreográficas só abrindo uma janela ou cavando um túnel por baixo do muro: talvez precisássemos de cuidadosas escavadeiras serialistas para soltar umas camadas de becketts sem órgãos de dentro de nosso foro íntimo. Uma série de doze movimentos, de doze intenções, de doze objetivos, de doze estados de ser, de doze circunstâncias armadas em série para acabar com as coreografias-ato-falho, com as coreografias-corpos-dóceis, com as coreografias-almas-doces e com as coreografias-polegares-amargos e começar a fazer gestos com pouca eira e nenhuma beira. Ballett é plástico voando ao vento, Beckett é lesma a esmo. Balleckett é a reciclagem do lixo da alma em latas de quatro cores diferentes. Vamos dançar na ponta do superego – sapatilha nele.

lunedì 19 gennaio 2009

EnGAZAgado?

Shabtai is a poetry voice against what is being done by Israelis in Gaza.
An anthology of works by prominent Israeli poets and artists opposing the current war in Gaza was published this week. Among the contributors to the publication are poets Aharon Shabtai, Shimon Adaf, Rami Saari, Tal Nitzan, Tawfiq Ziad. Shabtai goes:

"In the name of the beautiful books I read/
in the name of the kisses I kissed/
May the army be defeated."

Shabtai wrote about the cruelty of the "Israeli" war machine, the machine that had never harvested except the innocent and unarmed civilians in Lebanon. He sided with peace and the victim:

"In time of war/
I side with the villages/
with the mosques/
in this war/
I side with the Shiite family/
with Sour (Tyre)/
with the mother/
with the grandfather/
with the eight kids in the mini van/
with the white silken headscarf".


And more:

The mark of Cain won't sprout

from a soldier who shoots

at the head of a child

on a knoll by the fence

around a refugee camp-

-for beneath his helmet,

conceptually speaking,

his head is made of cardboard.

On the other hand,

the officer has read The Rebel;

his head is enlightened,

and so he does not believe

in the mark of Cain.

He's spent time in museums,

and when he aims his rifle at a boy

as an ambassador of Culture,

he updates and recycles

Goya's etchings

and Guernica.

This is Shabtai's letter to the Book Fair of Paris. Here he negatively responds to the invitation of the director of the book fair, dedicated, to Israel:

Dear Edna,
Thank you for your letter.
I do not believe that a State that maintains an occupation, committing on a daily basis crimes against civilians, deserves to be invited to any kind of cultural week. That is, it is anti-cultural; it is a barbarian act masked as culture in the most cynical way. It manifests support for Israel, and even to France that sustains the occupation. And I do not want to participate.
Kind regards,
Aharon Shabtai
7 December, 2007Culture - Aharon Shabtai

Another response letter:

Thank you for your invitation to participate in the international poetry festival in Jeruslaem in 2006 and the details. I would like to take my name out of the list of participants. I read these days on the barbarism in the Qalandia checkpoint. I oppose an international poetry
festival in a city in which the Arab inhabitants are oppressed systematically and cruelly imprisoned between walls, deprived of their rights and living spaces, humiliated in checkpoints and the international laws are violated. I think that even poets were not allowed in the past, and not in the present, to ignore persecutions and discriminations on a racial or national basis.

Yours,
Aharon Shabtai


So poetry and poets can be nakedly political. It is always supposed to be about fresh air. Shabtai, with other 500 Israelis, issued this declaration about what has happened in Gaza:

<

As if the occupation was not enough, the brutal ongoing repression of the Palestinian population, the construction of settlements and the siege of Gaza - now comes the bombardment of the civilian population: men, women, old folks and children. Hundreds of dead, hundreds of injured, overwhelmed hospitals, and the central medicine depot of Gaza bombed. The ship Dignity of the Free Gaza movement which brought emergency medical supplies and a number of physicians was also attacked. Israel has returned to openly committing war crimes, worse than what we have seen in a long time.

Israeli media do not expose their viewers to the horrors and to the voices of severe criticism of these crimes. The story told is uniform. Israeli dissidents are denounced as traitors. Public opinion including that of the Zionist left supports the Israeli policy uncritically and without reservation.

Israel's destructive criminal policy will not cease without a massive intervention by the international community. However, except for some rather weak official condemnation, the international community is reluctant to intervene,. The United States openly supports the Israeli violence and Europe, although voicing some condemnation, is unwilling to seriously consider withdrawing the "gift" it handed Israel by upgrading its relations with the European Union.

In the past the world knew how to fight criminal policies. The boycott on South Africa was effective, but Israel is handled with kid gloves: its trade relations are flourishing, academic and cultural cooperation continue and intensify with diplomatic support.

This international backing must stop. That is the only way to stop the insatiable Israeli violence.

We are calling on the world to stop Israeli violence and not allow the continuation of the brutal occupation. We call on the world to Condemn and not become an accomplice in Israel's crimes.

In light of the above, we call on the world to implement the call by Palestinian human rights organizations which urges:

• "The UN Security Council to call an emergency session and adopt concrete measures, including the imposition of sanctions, in order to ensure Israel's fulfillment of its obligations under international humanitarian law.
• The High Contracting Parties to the Geneva Conventions to fulfil their obligation under common Article 1 to ensure respect for the provisions of the Conventions, taking appropriate measures to compel Israel to abide by its obligations under international humanitarian law, in particular placing pivotal importance on the respect and protection of civilians from the effects of the hostilities.
• The High Contracting Parties to fulfil their legal obligation under Article 146 of the Fourth Geneva Convention to prosecute those responsible for grave breaches of the Convention.
• EU institutions and member states to make effective use of the European Union Guidelines on promoting compliance with international humanitarian law (2005/C 327/04) to ensure Israel complies with international humanitarian law under paragraph 16 (b), (c) and (d) of these guidelines, including the adoption of immediate restrictive measures and sanctions, as well as cessation of all upgrade dialogue with Israel. ">>

A poem by Shabtai:

"War"

I, too, have declared war:
You'll need to divert part of the force
deployed to wipe out the Arabs --
to drive them out of their homes
and expropriate their land --
and set it against me.
You've got tanks and planes,
and soldiers by the battalion;
you've got the rams' horns in your hands
with which to rouse the masses;
you've got men to interrogate and torture;
you've got cells for detention.
I have only this heart
with which I give shelter
to an Arab child.
Aim your weapon at it:
even if you blow it apart
it will always,
always mock you.

Guest Blogger on Buca L'Umbrello's first birthday

happy Birthday to you

happy Birthday to you

happy Birthday dear Buca l'Umbrello

happy Birthday to you

wehehehehehhehehehehehehe!!!!!!! (loud shouting clapping blowing out of candles)

-- PhilJones (guest blogger)

No primeiro aniversário do blog, promulgo mais autoconstrituição

Preâmbulo:
nada o nada em tudo
nada o quase nada também
nado uns cinco oceanos

Artigo 1:
sou uma partícula
de excesso solta. logo nem
tenho cabimento

Artigo 2:
eu próprio sou impróprio
sou só rios que me atravessam
e pedras de comer

Artigo 3:
não trato da vida
é ela que me trata – e até bem
mas ela é tratante?

Artigo 4:
amo fevereiros
sombra e luz do ano inteiro
num esplendor no chão

Artigo 5 (ou, minha vida em desessete capítulos):
nasci da W-3
revoguei as indisposições
flori de insensatez

Artigo 6:
gosto de ver rostos
corro para água corrente
pela poça, sou o céu

Artigo 7:
bem que adoro exceções
mal percebo os trens no trilho
só o espaço entre os vagões

Artigo 8:

eu quando transtorno

desenho em mim outra forma

depois a transbordo

Artigo 9

demoro a descobrir

pra pegar e sair vivendo

que é de pó onde morro

Artigo 10

sonho em ser andróide

maquiar a tireóide ao espelho

por Freud do avesso

Artigo 11

na vida é iminente

que uma eminência imanente

me manda e me mente

Artigo 12

o que é que eu sou mesmo?

uma antena entre torresmos

ou uma lesma a esmo?

Artigo 13

singular, sem lugar

bóio entre casas, casamentos

não moro, esparramo

Artigo 14

prego ambivalência

amo a insolência indolente

mesmo a sonolenta

Artigo 15

sou confusionista

meus prazeres não tem prazos

confusões sem hora

domenica 18 gennaio 2009

Wordsworth seeing the English winter

(I'm in England sitting close to an old grey stone
the world seems wordsworth seeing
from a Sunday armchair)


"WHY, William, on that old grey stone,
Thus for the length of half a day,
Why, William, sit you thus alone,
And dream your time away?

"Where are your books?--that light bequeathed
To Beings else forlorn and blind!
Up! up! and drink the spirit breathed
From dead men to their kind.

"You look round on your Mother Earth,
As if she for no purpose bore you; 10
As if you were her first-born birth,
And none had lived before you!"

One morning thus, by Esthwaite lake,
When life was sweet, I knew not why,
To me my good friend Matthew spake,
And thus I made reply:

"The eye--it cannot choose but see;
We cannot bid the ear be still;
Our bodies feel, where'er they be,
Against or with our will. 20

"Nor less I deem that there are Powers
Which of themselves our minds impress;
That we can feed this mind of ours
In a wise passiveness.

"Think you, 'mid all this mighty sum
Of things for ever speaking,
That nothing of itself will come,
But we must still be seeking?

"--Then ask not wherefore, here, alone,
Conversing as I may, 30
I sit upon this old grey stone,
And dream my time away,"

Emily Dickinson: there is another sky

(I'm in England in front of a garden, around the corner from a cold little forest.
Does it matter where I am?
I press my eyes to see brighter and more forceful gardens)

There is another sky,
Ever serene and fair,
And there is another sunshine,
Though it be darkness there;
Never mind faded forests, Austin,
Never mind silent fields -
Here is a little forest,
Whose leaf is ever green;
Here is a brighter garden,
Where not a frost has been;
In its unfading flowers
I hear the bright bee hum:
Prithee, my brother,
Into my garden come!

mercoledì 14 gennaio 2009

Minha cabeça se encheu de areia

Pedras, sol e ondas que me arrebentam nos recifes
deixaram minhas vísceras turvas
elas não enxergam pelos cantos dos olhos
tudo saiu correndo, e eu fiquei
sempre derrapo
sempre o efeito Doppler.

sabato 3 gennaio 2009

era para ser mais simples?

ver atrás das núvens o sol nascer em uma praia.
pensar numa palavra e ter a vertigem de quem olha de um penhasco
minha biografia;
estar só.

o nojo é o erotismo mais universal;
me esparramo pela areia em uma solidão miudinha.
ninguém pode forçar um coração
e, em um baú mofando, meu corpo vai ficando a cara
do que eu quero.

li em uns axiomas de sedgwick
um vento mais amplo do que o que vem depois do mar.
agora a cada minuto por umas três vezes
o ventilador vira-se para mim.
apenas mais um dia.

venerdì 2 gennaio 2009

Menos o temor ao céu?

areia pelos frisos do meu corpo
de novo, a arbitrariedade
a tormenta é feita do que é feita a seiva
e o conhecimento dela
depende dela