distraído e com uma moldura amarela
ando pelas ruas de Gangnam no verão úmido
sempre cheias de pernas cobertas
e salpicadas de pernas nuas
brancas, mas de um branco apimentado
Manuel fala que a femininidade
fica a flor da perna em Gangnam,
eu acho que é um modo de vida.
nos canais de Seoul
as pernas batem, ninguém come na beira do rio
em grupo, chegando com barulho
os quinze homens de camisa semi-aberta
chegam para comer no restaurante
e tiram os sapatos, meias nuas
eles fritaram sua própria carne
nas assadeiras grupais
atadas às mesas rente ao chão.
em Gangnam, cada prédio
contém comida, uma felicidade
estar em meio a tanto repolho
a tanto arroz, a tantas mesas grupais
rentes ao chão.
tiro minha moldura amarela
e perco a distração.
quero ser um sonho estranho.
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