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domenica 23 dicembre 2012

Vai ser um istmo vadio?

Os miasmas são redondos como um coacervado de memes.
Atiçavam as voragens zapotecas na minha linfa:
sapoti, ninfas, canteiros bordados, meu intestino háptico
mas eu não sabia que era este poeirão prometido
que me deixava centrífugo
lambendo chocolate com um sol pontudo no meio da retina.

Sabia dos ventos, que outra coisa mais se pode saber?

Os miasmas são grandes demais para serem vistos a olho nu
eles precisam ser postos em dimensão humana
Pilintra, o do alambique, Oxum, a do ribeirão,
Tenia, a da mortadela, Ayuasca, a da expansão,
Xolotl, o da fagulha, São Cristobal, o do metrônomo,
Axolotl, o rastejante, Quetzalcoatl, o do ventilador.
Angelica, Luanna, Ulices, Amaranta, Mística, Coral.
E viram gente da rua, atordoada em busca da cintilância.
Eu atravessei alambiques, ribeirões
expandi a carne quando ela dava choque
rastejei, vi a águia virar serpente,
fui de bússula procurar o ar quente de Sappho em Lesbos
e vim ao istmo.
Vim buscar esse vento puto, intrépido e que faz a curva.
Buscava um furacão pelas frestas
que levantasse as saias, originasse viragens de vagina,
ardesse. A reinvenção das malícias.
Encontrei um chão coberto de Coronitas bebidas.

Juchitan de Zaragosa, depois do fim do mundo

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