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venerdì 10 agosto 2012

Manifesto Anarcimboldo

Deixem os fatos acumulados ficarem arcaicos
O passado tem mão única de marcha ré
Mas guarda seus futuros
Fresh fruits for rotten vegetables nas imagens humanas
de Giuseppe Arcimboldo, carcumidas por listerias:
homúnculos histéricos tresnoitados por datas históricas
abertas na Terra como bostas dos anjos desprorporcionais
e dos gaviões
que disparam contra o chão
andino, alpino, truncado pelo Atlas,
excerto de Mundus Imaginalis a cada excreção de pó desconfigurado.
Os fatos acumulados ficam arcaicos, crus, galopados a torso nu
as versões cozinham em banho-maria
todas torpes, todas são a inteligência artificial
do pane, da trombose, Segmentation Fault.
A cobra Dan, trazida pelo rio de Oyá até o esterco
pela vala comum da desistória de Things Fall Apart
e atravessam os poços da Shell com ou sem Exu
e atravanca.
O passado dos virus, o passado dos quarks, de Dan Oxumaré,
as tribos de vermes perdidas, anarco-otomanas,
diante da lupa do Dr. Caligari.
O futuro do passado e o passado do passado, descontado,
- Tudo aquilo que sobrou pelos bordados
e pelos gemidos, e pelos sufixos fonéticos
da diáspora das aves de rapina
que desenterram os vestígios
rasantes,
crápulas,
anarqueologicas,
tresnoitadas. Ou venceu o rei Odudua, o rei Nimrod, Lalibela?
Onde ficaram as maldições lançadas pela estrelaria?
Fez negra, Tanger negra, Málaga negra, Viena retinta -
a história parda?
Quem já viu ser, transportadora de bicho do pé?
Põe um chale branco no pregador,
sai em exílio - os desertores fazem o mundo dar voltas.
E aqueles descuidados que ouviram falar,
que fundem e confundem e difundem e afundam
os que vazam
as que escapam
as que sussuram
os que desconfiam
o verme de fundo de olho que pegou o guru Nanak no contrapelo
quando ele voltava para Amristar
por onde passou Equiano, acorrentado.
Quando se conta se desconta, o fundo é o lixo da figura,
no fundo do mar tem as correntezas abandonadas dos navegantes
no fundo do mar tem o fundo jogado fora
no fundo do mar tem um castelo que é de Dom Sebastião
(lá que é bom)
e os contrafatos róem o futuro que nunca é normal.
Já que morde o cachorro.








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