Me dizem que eu devia soltar os leões
eles devoraram a minha carne branca
e não podem ficar enjaulados,
está chovendo.
Tenho vontades assim: um edredon em um beco
em um bueiro, inundando de água de chuva,
eu aprendi a odiar as formas substanciais
Leviandades.
Me dizem que eu devia rugir entre os teus dedos do pé
tu devorou minhas entranhas com teus olhos
brancos
está chovendo
Tenho vontades assim: meu vômito em uma sopeira de porcelana
em uma baixela, polida com uma cera brilhosa
eu aprendi a odiar o arame farpado
Me condensa.
Me dizem que eu devia amar o silêncio
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