Sonhei com detectives gelados, detectives latino-americanos
que tentavam manter os olhos abertos
no meio do sonho.
Sonhei com crimes horríveis
e com tipos cuidadosos
que procuravam não pisar os charcos de sangue
e ao mesmo tempo abarcar com um só olhar
o cenário do crime.
Sonhei com detectives perdidos
no espelho convexo dos Arnolfini:
a nossa época, as nossas perspectivas,
os nossos modelos de Espanto.
Poema com tradução de Tiago Nené
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