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mercoledì 11 febbraio 2009

Liçoes do amanhecer; de L. Sombra


É preciso ter cuidado:

nada que defina de fora o caminho.

Nenhum Deus, nenhuma vida a gerar,

nenhum ser a cuidar.

É preciso deixar apenas a chance

de perceber.

É preciso apenas se permitir à dança

e deixar que a escolha se faça.

É preciso se deixar esvaziar,

é preciso deixar o ser escolher,

mesmo o fragmento de ser que passa por nós

e chamamos "eu".

É preciso não acreditar em nada

e em nada duvidar.

É preciso amar, amar sem cessar.

É preciso falar a prosa do mundo

e não renunciar.



Laurênio Sombra lê Pirsig, escreve sobre Heidegger e risca um exemplar de Excessos e Exceções. Sob seus pés a terra se fecha, entre os dedos dos seus pés o mundo se abre.

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