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lunedì 28 settembre 2009

Os morros nas minhas retinas

Fixo os olhos na cicatriz de um tronco
não estou em Bedd Gelert
o regato sempre fica sendo onde tudo começou
mas nada começou - Okwonkwo encontrava na pedra,
na corda, no tronco da árvore estorricada de sol
e na cicatriz no umbigo da parte do mundo que eu vejo
seus ancestrais. Ele se exilou no meio deles,
se enforcou no meio deles. Agacho em uma pedra molhada
e abandono o manejo dos olhos, da bexiga, do intestino -
a posição de quem aceita o acaso das forças.
Sinto o nojo do poder e prendo o pé na pedra seca,
não consigo entrar nela, minhas mãos entre as folhagens.
Quando saio da água, a cicatriz nas minhas costas
aparece o sol, e uma pedra encravada na minha unha.

martedì 22 settembre 2009

Eamon Grennan: one morning

Looking for distinctive stones, I found the dead otter
rotting by the tideline, and carried all day the scent of this savage
valediction. That headlong high sound the oystercatcher makes
came echoing through the rocky cove
where a cormorant was feeding and submarining in the bay
and a heron rose off a boulder where he'd been invisible,
drifted a little, stood again -- a hieroglyph
or just longevity reflecting on itself
between the sky clouding over and the lightly ruffled water.

This was the morning after your dream of dying, of being held
and told it didn't matter. A butterfly went jinking over
the wave-silky stones, and where I turned
to go up the road again, a couple in a blue camper sat
smoking their cigarettes over their breakfast coffee (blue
scent of smoke, the thick dark smell of fresh coffee)
and talking in quiet voices, first one then the other answering,
their radio telling the daily news behind them. It was warm.
All seemed at peace. I could feel the sun coming off the water.

co-medido

os prédios do porto sopram comedidos
nem consigo o assombro diante da ribeira do rio
nem me impele - que estou de companhia
sinto saudades de um diário
detalhado
quero escrever com meus cheiros
entro no mar no meio das pedras
roço nas ânsias, já que os começos abruptos
não sopram comedidos

martedì 15 settembre 2009

poema abandonado

de presilhas e solturas
meus pés esbarram nas pedras, tortuosas, entre flores, espinhos demais
contrafacuais não são assimétricos
respiro

here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;which grows
higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart

presilhas, presilhas
teus pés esbarrados, pedras tortuosas, entre flores, espinhos demais
contrafactuais não são sempre causas
respiro

here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;which grows
higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart

contrafacuais não são assimétricos

giovedì 10 settembre 2009

being born is not the beginning

é uma rua serena, desde o número zero
swanswell street, coventry - duas mesquitas, dois templos,
um repositório católico
and a methodist church
vou até a parte mais inglesa da cidade
onde corre o dinheiro lavado
compro Sáanii Dahataal na Oxfam
sento no que foi a catedral

i read about the delights of life
visiting bombay, a day without committments, the death of friends
(this can never be a delight)
fecho o livro, escuto dariush falando de seus pequenos prazeres
atormentado
fico medindo a saia rosa against my heaps

lembro da hora em que eu nasci
and about what zizek thinks it is to be under-stood
in Casablanca.
e que eu queria cozinhar para quem entrasse em casa
sem cor.