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lunedì 10 agosto 2009

Memória do frio

sombras, uma Escandinávia desprovida
(mas qualquer Escandinávia é desprovida sem amor)
meus tormentos, meus tormentos, meus tormentos
que se repetem sem seqüência, sem escala, com manias
e eu assalto a mim mesmo procurando o tal cofre enferrujado
no escuro, sem vísceras
onde guardo meus recursos
e eu me sinto torto, torpe, disforme
sem agudeza, sem tons graves, agruras pelas juntas
eu feneço, faleço, não paro
eu adio, adiciono, procuro palavras sem história.
Não acho.
Coetzee fala dos monossílabos carregados de colonização,
seus monossílabos em inglês
era melhor deixar que os polissílabos prevalescessem
mais tempo para falar qualquer coisa
tempo para respirar
tempo para deixar o sopro entre as palavras
para umas questões de temperatura
ondas, ondas, mas nada enxágua
eu queria aguaceiro

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